terça-feira, 16 de abril de 2013

Decisões de felicidade


Alguns anos atrás, me deparei com uma garotinha que segurava uma rosa em sua mão, segurava como quem segura um tesouro, como se aquelas pétalas fossem seu grande e maior tesouro. Mas era só um flor, dentre tantas outras e não entendi porque aquela havia de ser tão especial. Descobri que não era a rosa, mas as memórias que nela havia, aquela rosa vinha de uma roseira da casa do vizinho, da casa onde antes morava seu melhor amigo, seu primeiro amor.
Aquela simples rosa a fazia se sentir bem, se sentir segura, e no fim das contas, era isso que importava. Ele havia partido, mas a memória dele a fazia sorrir, ele a fazia ser mais feliz do que muitos que achavam possuir tudo, mas que nada tinham para amar, para apertar contra o peito, nada que valesse a pena recordar.
De que adianta ter e não ser, ter tudo para ser feliz e viver com lágrimas escorrendo pelo rosto. De nada adianta viver sem vida, sorrir sem vontade, de nada adianta fingir estar bem quando a dor persiste em dor a cada pulsar, insiste em lembrar e vai te destruindo aos poucos, te tornando mais fraca, mais frágil, mais morta, porque no fim, o que conta mesmo é ser feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário