segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Bonheur

Perguntaram se sou louca
Respondi que sou feliz
Feliz comigo, feliz com a vida

sábado, 26 de outubro de 2013

Resto

Por vezes me peguei me perguntando o que resta no fim de um amor, de uma amizade, de um abraço, de um beijo, até de um beijo não dado. De um sorriso, ainda que forçado. O que resta depois que nota-se que de fato acabou. O que resta do amor de alguém que se foi. O que resta quando há restos em você que você quer matar. No fim de tudo, tudo, só o que o fica, só o que resta, é nostalgia.

sábado, 15 de junho de 2013

Nada

                Eu te fiz uma declaração de amor, eu me doei por amor, eu quis escrever a nossa historia de amor, mas nada. Quando pergunto o que há, não há nada. Quando pergunto por que há, ainda assim é nada.
                Não houve uma palavra de agradecimento, não houve nenhuma consideração visível, não foi mútuo. Não respondeu a minhas mensagens, não procurou saber sobre o meu convite, não buscou. Não me respondeu o que significava o nada e não me viu cansar de perguntar ou de esperar um retorno.

                E por isso escrevi esse texto, para que leia, para que pense, para que sinta ou só ignore. Eu tentei, eu to tentando. Então, por favor... Não...

domingo, 26 de maio de 2013

Neste dia 26

Sim, eu queria estar ao seu lado hoje. Sim, eu queria estar ao seu lado todos os dias. Queria que tivesse tentado resolver nossos problemas antes do dia de hoje. Queria tanto e tanto, mas tudo bem! Hoje o dia é seu e eu espero que tenha tido e esteja tendo o melhor dos dias, espero que pense em mim e que atenda a minha ligação. Que das próximas vezes eu possa, sim, estar ao seu lado. E que o que temos nunca se acabe. Feliz aniversário!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ela disse adeus


                No fim de tudo, você não passa de um covarde, uma criança assustada, tem medo demais pra olhar nos olhos, medo demais em fazer algo a respeito, medo demais só em ouvir o nome, medo demais em ouvir aquela voz dizer tudo o que a alma sentiu e lamentou. Senti medo em a vê chorar, mas nunca tentou poupa-la do choro. Medo de ouvir, mas não a fala o que tanto precisa.
                Conheço seu tipo, conheço esse jeito, conheço você. Mais do que você se conhece, mais do que qualquer um irá conhecer, porque você afasta, machuca, assusta e quem busca por mais, cansa, desisti e você foge, não tenta segurar a mão, não pede pra ficar, sabe que de nada serve, que de nada serviria, não havia mais nada que a prendesse, você desgastou-a, desgastou o sentimento, a corrompeu, não venha agora reclamar.
                Se for voltar, corra. A memória vive nos pregando peças e ela pode acabar esquecendo de você. Afinal...





"Now the deed is done
As you blink she is gone
Let her get on with life
Let her have some fun"

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Epitáfio


                Ando pensando em tudo que poderia te feito e não foi, tudo que deixei de aproveitar, do quanto dei valor a coisas e pessoas que não mereciam, e deixei passar por mim segundos, minutos, horas e dias com pessoas que hoje sinto falta. Ando pensado de tudo que me arrependo de ter ou não feito, não ter lutado por uns, de ter insistido em sonhos fúteis e inúteis.
                Penso em como poderia ser a minha vida hoje se eu tivesse tido a atenção, a coragem ou até a paciência de pensar diferente, de seguir por outro caminho. Se eu soubesse naquela época que o meu certo era errado e nem sempre se consegue compensar o preço que se paga por tais erros. Penso em como me sentiria hoje, agora, o que estaria escrito aqui no lugar desse epitáfio de arrependimentos.
                Pergunto-me se enfim aprendi com meus erros, se enfim vou saber tomar as decisões certas, mas me sinto tão fraca para encarar a verdade que sigo pelas encostas dela, sabendo o que se passa, mas fingindo para mim mesma que vai mudar e que amanhã será um novo dia aonde tudo, vai sim, melhorar, me iludo e aceito a ilusão como uma criança que apesar de ver sua mãe colocar presentes ao pé da cama, continua escrevendo cartas ao Papai Noel.
                Então me deparo com o reflexo de uma garotinha assustada, chorando e rezando aos céus, pedindo para que haja sim um Deus que mude tudo, que arranque a dor que ela carrega. Vejo-me chorando por saber que apenas eu posso arrancar a minha dor de mim, que apenas eu posso mudar minha vida e choro por não ser forte, por ter medo, por continuar insistindo nos mesmos erros.
                Fica aqui a minha vontade de voltar atrás em tantas coisas para mudar tantas outras, de ser alguém diferente, de voltar a ser um pouco do que eu era, fica aqui também o meu pedido de desculpas a muitos, por razões diversas, algumas que não fui nem culpada, mas que gostaria de ter tentado impedir, ajudar, ter ao menos tentado, pra no hoje não me consumir com a tristeza de não ter feito, quases não fazem historia, fazem memórias sofridas. E desculpas não mudam futuros, mas aliviam, mesmo que minimamente a alma no presente.
                Desculpa, por não ter lutado por você, não ter te ajudado a passar de ano, não ter insistido; por ter falado com você, talvez não te conhecer fosse a solução, desculpa por ter cansado, mas não me arrependo; desculpa por ter me afastado, ter te deixado sem notícias; desculpa por ter feito tudo que fiz, por te transformar nesse alguém; desculpa por ter deixado acontecer, ter permitido que você se deixasse levar por ele; desculpa por não ter evitado a briga de vocês, eu queria ter feito algo, ainda quero, é um dos meus maiores arrependimentos; desculpa a você, por ter mentido, por te fazer desconfiar, desculpa por a cada dia lutar comigo mesma tentando acreditar que tudo vai mudar, desculpa por ter medo que não mude(...); desculpa por não ter dado a devida importância, por não ter insistido, não ter estado mais tempo ao seu lado, perdão. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Decisões de felicidade


Alguns anos atrás, me deparei com uma garotinha que segurava uma rosa em sua mão, segurava como quem segura um tesouro, como se aquelas pétalas fossem seu grande e maior tesouro. Mas era só um flor, dentre tantas outras e não entendi porque aquela havia de ser tão especial. Descobri que não era a rosa, mas as memórias que nela havia, aquela rosa vinha de uma roseira da casa do vizinho, da casa onde antes morava seu melhor amigo, seu primeiro amor.
Aquela simples rosa a fazia se sentir bem, se sentir segura, e no fim das contas, era isso que importava. Ele havia partido, mas a memória dele a fazia sorrir, ele a fazia ser mais feliz do que muitos que achavam possuir tudo, mas que nada tinham para amar, para apertar contra o peito, nada que valesse a pena recordar.
De que adianta ter e não ser, ter tudo para ser feliz e viver com lágrimas escorrendo pelo rosto. De nada adianta viver sem vida, sorrir sem vontade, de nada adianta fingir estar bem quando a dor persiste em dor a cada pulsar, insiste em lembrar e vai te destruindo aos poucos, te tornando mais fraca, mais frágil, mais morta, porque no fim, o que conta mesmo é ser feliz.

terça-feira, 12 de março de 2013

Rabiscos da madrugada

                Meu cigarro hoje foi pra você, foi por você. O uísque também brindei em seu nome. Na minha insônia, estava estampado seu rosto. Nas minhas lágrimas, saudade de você. Na dor do meu peito estava cravado seu nome. E em mim, em mim havia a tristeza de ter te perdido.
                Vinicius de Moraes disse, certa vez, que a felicidade não o deixava ser poeta. Agora eu, me faço o mais romântico dos poetas pela dor e pela tristeza que sua ausência me causa. Vou reaprender a sobreviver sem você, vou te guardar dentro de mim e vou provar, mais uma vez, a mim, que é possível fazer de um falso sorriso, uma máscara para os dias de aflição.
                Certo dia te descrevi em um poema e quando dei por mim, havia descrito o próprio amor. Falei do seu sorriso e do que ele me causava, falei do seu abraço e de como precisava estar ali, cheguei a falar dos seus olhos, mas lembrei de como eram profundos e me perdi no que falava, então deixei pra lá.
                Comecei, então, a falar de seus defeitos e não demorou muito para elogiá-los, pois eu também os amava. Resolvi, no entanto, ignorar suas qualidades, afinal todos amam qualidades, sendo assim, não havia, de certo, um porque para citá-las. Mas continuei a falar de você, te descrevi em cada detalhe, em cada gesto. Depois rasguei o papel em que havia escrito tudo e joguei fora.
                Não havia porque colocar no papel e tentar tirar de mim o mínimo que fosse de você. Você já me era uma parte essencial. Pensar em te esquecer, me fazia lembrar quanto o amava. Falar em te esquecer, era recitar poemas de amor. Fingir que te esqueci era só uma constante lembrança da minha fraqueza de não ter te esquecido. Então ignorei tudo, optei pelo fingir e fui dormir. Amanhã era mais um longo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tentativas


                Eu tentei te escrever uma carta de amor, eu tentei fazer com que o meu amor fosse o bastante, eu tentei ainda esquecer as dores, descobri então que você não tentou evitá-las, descobri que ações nem sempre valem mais do que palavras e me decepcionei, com a pior pessoa que poderia me decepcionar, comigo.
                Tentei também me lembrar de como eu era, do que eu tinha e tudo me fugia à mente, agora só havia você e era só isso que importava, era o bastante. Foi o bastante, mas não mais poderia ser. Era preciso descobrir de onde tirar forças agora que tudo havia se esgotado, que todos haviam ido embora e eu fiquei, fiquei pra guarda-los, pra lembra-los, pra sentir a falta e pra “chorar como nunca fui capaz contigo”, e tentar “enfrentar a insônia como gente grande”.
                Então eu chorei, e chorei de novo, e mais um pouco talvez. Descobri que algumas dores não irão embora, simplesmente não irão, mesmo que você tente, mesmo que sorria, ou dança, ou cante, ou beba, ou chore, pois não irá se apagar o amor, nem as dores que ele deixará, quando se forem, quando ele se for.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

De dores de amores


             Me dói no peito, e por mais que eu tente, não vai passar. Me dói a dúvida, me dói o medo, me dói de raiva. Te perco aos poucos sem te perder, te perco dentro de mim apenas por sentir, por saber que apesar de ser meu, não é meu de fato, não é unicamente meu.
          Não há como não querer chorar, ou fugir. A falta da presença sufoca, mas a presença dividida machuca. Talvez seja hora de colocar a cabeça no lugar e descobrir o futuro, talvez tentar entender um pouco o que se passa, o que se há de passar. Chorar todas as lágrimas a muito guardadas, os gritos a muitos presos na garganta, deixar as feridas curarem.
            Não culpe a minha dor, não julgue o meu sofrer, nem tente enxugar minhas lágrimas, elas precisam escorrer, é necessário sofrer o que se tem de sofrer. Mas não tema, meu amor é eterno, é pleno, é certo, é só seu.