O antigo aperto no peito, agora é dor constante. As lágrimas que dispersavam o nó na garganta, agora não caem mais para aliviar a angustia que se impregna em meu peito. Novas feridas se abrem na pele, mais profundas, porém menos eficazes.
O quarto trancado ainda é o mesmo, o inquilino que mudou e o silêncio me corrói quando estou dentro desse cômodo, no qual enterrei tantos segredos que agora resgato.
Tatuado no rosto, um sorriso meio bobo, lembrança do tempo de criança e nos braços as marcas de agora, a procura de um remédio para toda essa agonia.
A força sugada da alma, ajuda a levantar toda manhã, muitos vezes fingindo despertar de um sono que não veio, que em meio a tantas dores, perdeu os sentidos e se foi.
Mas é a vida que está perdendo o sentido, perdendo a força, perdendo a luz. E o que mais dói é pensar que havia sonhado que nunca mais pensaria assim e que no fim das contas não consegui evitar.
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