segunda-feira, 23 de abril de 2012

Interpretar e interpretar


No palco tudo é mágica, tudo se deve! Sorrisos encenados durante horas no espelho, frases feitas, erros despercebidos. O palco vem pra nos fazer viver. A arte de encenar a vida, o maior de todos os espetáculos, o mais longo e o mais difícil.
No final de cada ato, a revolta, a solidão, o silêncio que nos grita tudo que tentamos deixar passar, e nos concentramos nos aplausos da platéia sem fim. Nos bastidores, aqueles que nos vêem de verdade, sem as mascaras, sem os personagens, sem a velha e cansada encenação.
E o que é bastidor pra uns, é parte da cena de outros. E as cenas vão correndo e a vida vai correndo, e vamos deixando escorrer nossa essência, até que notamos o quanto mudamos, o quanto o personagem entranha na pele do ator e o transforma.
A espera quase que sufocante para que se fechem as cortinas no fim do dia, a vontade de que se encerrem os espetáculos, que o ator possa enfim se aposentar, e descansar, quem sabe até sorrir, sem encenar.

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